O papel da Geração Z na reinvenção digital da moda
Compras em brechós e trocas de roupas entre si são características de uma geração que olha o mundo fashion de forma cada vez mais sustentável.
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Muitos dos integrantes da Geração Z não querem comprar roupas ou novos acessórios. Eles sentem que uma peça é como um cão filhote – por que comprar se existem tantos a serem resgatados e precisando de lar? Logo, resgatar a moda de futuros aterros sanitários está no topo da lista de prioridades desta geração.
Se você tem uma filha entre 14 e 25 anos, sabe que ela gosta de comprar roupas em sites como Depop, Poshmark, ThredUp e RealReal. Eles também compram em brechós e realizam trocas de roupas entre si em um esforço para serem mais sustentáveis. Mas você percebeu que esses jovens estão influenciando tanto seus pais da Geração X quanto seus avós Boomer para também comprarem no mercado secundário? Nossa pesquisa recente com o Baker Retailing Center, da Wharton School, na Universidade da Pensilvânia, indica que as compras de vestuário no mercado secundário aumentaram pelo menos 30% por geração desde 2019. Enquanto apenas 52% dos Baby Boomers participavam do chamado “recommerce”em 2019, hoje esse número saltou para 81%.
O professor Thomas Robertson, diretor acadêmico do Baker Retailing Center da Wharton, me disse que “há um aumento na preferência pelo mercado de revenda em todas as gerações. Mais de 50% das lojas nesse formato estão focadas em sustentabilidade e na preocupação com o planeta. Mas a Geração Z vai além, ela também é muito consciente do preço, e nossos dados indicam que 30% também são impulsionados por esse critério.” Os varejistas devem agir agora para estarem preparados para o tsunami da influência da Geração Z. O Bank of America prevê que, até 2031, a receita da Geração Z ultrapassará a dos Millennials – daqui a apenas 9 anos. Se você fosse o CEO da Macy’s, Kohl’s ou Target, não gostaria de capturar esses compradores com um formato de revenda próprio para não ficar de fora?
É óbvio que, a partir deste relatório, também percebemos que o consumidor é muito mais complexo hoje do que era, digamos, até uma década atrás. Varejistas e marcas devem começar a testar e aprender com novos formatos hoje para que possam reter e atrair consumidores amanhã. A melhor forma de começar é ouvir seus consumidores para entender como eles gostam de fazer compras. Nossos dados revelam que, entre os vários métodos de compras sustentáveis – “recommerce” de marca/varejista, aluguéis, caixas de assinatura e marketplaces peer-to-peer – 65% dos consumidores em todas as gerações preferem o “recommerce”.
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